terça-feira, 4 de junho de 2013

TEXTOS E VÍDEOS QUE ENSINAM...




As postagens que seguem ( textos e videoaulas) explicam vários temas que debatemos no nosso cotidiano de educadores e sugerem metodologia e materiais para melhor desenvolvimento da prática em sala de aula.


O desafio de ler e compreender em todas as disciplinas (Texto proposto no site da revista Nova Escola)


Levar os alunos a entender tudo o que lêem exige explorar diferentes gêneros e procedimentos de estudo. Para ser bem-sucedido na tarefa, é necessário o envolvimento dos professores de todas as disciplinas



No Brasil, um em cada dez brasileiros com 15 anos ou mais não sabe ler e escrever. Uma vergonha que encobre outras realidades não tão evidentes, mas igualmente dramáticas. Como o fato de que dois terços da população entre 15 e 64 anos é incapaz de entender textos longos, localizar informações específicas, sintetizar a ideia principal ou comparar dois escritos. O problema não é reflexo apenas de baixa escolarização: segundo dados do Instituto Paulo Montenegro, ligado ao Ibope, mesmo considerando a faixa de pessoas que cursaram de 5ª a 8ª série, apenas um quarto delas é plenamente alfabetizado. A conclusão é que, na escola, os alunos aprendem a ler - mas não compreendem o que leem.

É preciso virar esse jogo. Num mundo como o atual, em que os textos estão por toda a parte, entender o que se lê é uma necessidade para poder participar plenamente da vida social. Professores como você têm um papel fundamental nessa tarefa (leia o infográfico abaixo). Independentemente de seu campo de atuação, você pode ajudar os alunos a ler e compreender diferentes tipos de texto, incentivando-os a explorar cada um deles. Pode ensiná-los a fazer anotações, resumos, comentários, facilitando a tarefa da interpretação. Pode, enfim, encaminhá-los para a escrita, enriquecida pelos conhecimentos adquiridos na exploração de livros, revistas, jornais, filmes, obras de arte e manifestações culturais e esportivas.
O primeiro passo é firmar um compromisso: ensinar a ler é tarefa de todas as disciplinas, não apenas de Língua Portuguesa. É essa ideia que norteia esta edição especial de NOVA ESCOLA. Em todas as áreas, há aproximações possíveis com o tema. "Um professor de História deve ensinar que muitos textos da área têm uma estrutura cronológica e que é necessário identificá-la para entender a informação. O de Ciências precisa discutir como ler as instruções de experiências e ensinar a produzir relatórios, e o de Matemática, a interpretar problemas. A alfabetização plena requer que os estudantes saibam compreender e produzir textos específicos das disciplinas", explica a pesquisadora espanhola Isabel Solé, uma das maiores autoridades do mundo quando o assunto é leitura


Ensinar estratégias que os leitores experientes usam


Antes de começar, vale a pena refletir um pouco sobre a tarefa à sua frente. Você já se perguntou o que significa ensinar alguém a ler? Mais que isso: o que é ler? Um passeio pela origem da palavra ajuda a esclarecer. Do latim lego, "ler" significa, entre outras coisas, "colher" e "roubar". O primeiro termo aponta para um tipo de leitura em que o sentido do texto já está pronto, totalmente determinado. Ao leitor, caberia só captar - colher - o que o autor quis dizer. A essa concepção, dominante até pelo menos os anos 1970, contrapõe-se a indicada pelo segundo termo. "Roubar", no caso, equivale a dizer que o autor deixa de ser dono absoluto do que escreve: com base no que lê e em seus saberes prévios, o leitor também constrói sentidos.

Por essa perspectiva, os textos nunca dizem tudo: para se completarem, dependem da interpretação de quem os lê. Essa ideia, presente na maioria dos estudos mais recentes sobre o tema, não significa que o leitor seja livre para atribuir todos os sentidos que quiser. É aqui que entra o ensino: cabe ao professor fornecer indícios para a compreensão - algo essencial, ainda mais considerando que os estudantes são, em sua maioria, leitores em formação. "Progressivamente, cada um estabelece um diálogo próprio com o texto - e a leitura se torna autônoma", afirma Claudio Bazzoni, assessor de Língua Portuguesa da Secretaria Municipal de Educação de São Paulo e selecionador do Prêmio Victor Civita - Educador Nota 10.

Encaminhar a turma para entender o que lê inclui ensinar uma série de estratégias de que o leitor experiente lança mão inconscientemente quando se depara com um texto. Uma das mais essenciais diz respeito aos objetivos de leitura: por que estou lendo isso? A resposta a essa questão influi muito na maneira como o faz: se é por prazer, pode ler na cama, pular as partes chatas e até desistir. Se a intenção é estudar as ideias do autor, provavelmente terá um lápis à mão e, compenetrado, registrará os conceitos mais importantes. Agora, se quer encontrar, digamos, uma estatística importante, basta passar os olhos, localizar o número, anotá-lo em algum lugar e fechar o livro.

Também é comum explorar o texto antes de ler. No caso de um livro, vale passear pela capa, explorar a biografia do autor na orelha e dar uma olhada no índice. No jornal, títulos, subtítulos e fotos captam a atenção. Ao mesmo tempo, cada um compara o que está escrito com seus conhecimentos (o que sei sobre o conteúdo do texto?) e se indaga: o que espero encontrar aqui?

No momento da leitura, todo leitor confirma ou retifica suas expectativas sobre o que imaginou encontrar. Também se interroga continuamente para saber se entende o que lê (qual a ideia fundamental do texto? Captei os argumentos principais?). Nesse processo, talvez abra o dicionário para procurar o significado de uma palavra desconhecida - ou, se decidir que ela não é central para sua compreensão, simplesmente segue em frente. No fim, dependendo dos objetivos (lembra-se deles?), pode escrever uma síntese do que leu ou incorporar trechos para uma apresentação. Ou, ainda simplesmente acolher outros pontos de vista que também contribuam para a interpretação.
Propósitos, procedimentos, gêneros e sequências
Mais sobre leitura


Esta edição pretende mostrar como é possível ajudar a construir essa rota. Com foco na leitura para aprender - também chamada de leitura de estudo e trabalho, a que mais exige disciplina e organização -, ela está dividida nas oito disciplinas das séries finais do Ensino Fundamental: Arte, Ciências, Educação Física, Geografia, História, Língua Estrangeira, Língua Portuguesa e Matemática. Os exemplos estão ligados a tarefas do 6º ao 9º ano, fase da escolarização básica em que os textos ganham complexidade e passam a representar um desafio crescente.

As reportagens estão separadas por disciplina e, dentro de cada uma, há uma divisão em cinco blocos: a concepção de leitura na área, os gêneros privilegiados (alguns, como imagens, esportes e obras de arte, não são escritos, mas também é preciso ensinar a lê-los), uma sequência didática, caminhos para desenvolver habilidades antes, durante e depois do contato com os textos e procedimentos de estudo - gêneros escritos que funcionam bem para a recuperação de ideias significativas ou para uma compreensão mais aprofundada. Dois deles - as anotações e os sublinhados e os resumos -, por serem úteis ao entendimento de quase todos os tipos de texto, aparecem nesta apresentação. Outros oito surgem nas disciplinas em que são mais usuais. É um erro partir do pressuposto de que a moçada já sabe sublinhar e fazer esquemas. É necessário ensinar isso tudo.

Para completar, 20 casos reais de professores em escolas de todo o país mostram exemplos de bons trabalhos em relação à leitura - prova de que levar todos os alunos a compreender o que leem pode ser difícil, mas é possível. Mudar as estatísticas mostradas no primeiro parágrafo está ao alcance de todos os professores, de todas as disciplinas. 




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VIDEOAULA  -  Gêneros Literários



https://www.youtube.com/watch?v=SuUPN5WQDvk



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VIDEOAULA  -   Tipologia Textual e Gênero Textual









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VIDEOAULA  -   Interpretação Textual  "Ato de Ler"




https://www.youtube.com/watch?v=Ed-K3JOmV-k




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TEXTO: Tecnologias digitais na escola: driblando inconvenientes

A jornalista Priscila Gonsales fez um apanhado que pode nos orientar diante de algumas situações. Texto publicado no site do “Estadão”

 

Tecnologias digitais na escola: driblando inconvenientes http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,tecnologias-digitais-na-escola-driblando-inconvenientes,992934,0.htm


Os educadores estarão diante do desafio de incorporar tecnologias digitais em seu cotidiano pedagógico. Seja na tentativa de usar novos dispositivos como tablets, smartphones ou laptops em atividades educativas, seja na integração de mídias digitais e redes sociais no processo de ensino e de aprendizagem de conteúdos curriculares.
Nesse cenário, é bem comum surgirem mais questionamentos sobre os inconvenientes que as tecnologias podem trazer para o contexto pedagógico do que ênfase nos benefícios e potenciais a serem aproveitados. Pensando em como driblar tais inconvenientes, listo abaixo algumas dicas a partir das principais queixas que tenho acompanhado em 12 anos de atuação na área:
Distração e dispersão: estudantes jogam e navegam na web em vez de prestar atenção nas aulas e fazer as atividades sugeridas.
Que tal combinar com a classe 10 minutos de navegação livre antes de iniciar a atividade? Em vez de pensar em “aula”, que carrega uma conotação meramente expositiva, procure planejar atividades ou projetos. Preparar um roteiro em conjunto com os alunos sobre como será realizada a atividade, com os respectivos combinados, e levantando com eles perguntas e dúvidas prévias sobre determinado conteúdo pode ser uma estratégia interessante para envolver a turma desde o princípio, evitando a dispersão. Lance desafios cooperativos, formando equipes para busca de diferentes informações na internet em um determinado intervalo de tempo para que depois possam compartilhar as descobertas.

Informações não confiáveis: há muito conteúdo disponível na web sobre todos os assuntos mas nem todo conteúdo é de qualidade.
Uma das principais aprendizagens que o mundo digital potencializa é justamente a de como pesquisar na internet (selecionar, analisar, classificar). Nesse sentido, não é exagero dizer até que o fato de não ser confiável é uma vantagem, pois cabe a cada pessoa, sozinha ou em grupo, analisar e comparar as fontes e não apenas receber informações prontas tidas como verdade única e absoluta. A inteligência precisa estar no indivíduo diante da máquina e não ao contrário. Ao sugerir uma atividade de pesquisa na internet não é necessário delimitar os sites para consulta, mas sim preparar uma lista de sugestões sobre como analisar cada endereço web encontrado, desde a origem - se é comercial (.com), governamental (.gov) ou de alguma instituição (.org) – até o conteúdo em si, sempre comparando informações para poder encontrar o que se procura. Em alguns casos, a estratégia do “copiar e colar” citando a fonte pode ser indicada para facilitar a análise crítica, pois assim todos poderão salvar em um arquivo separadamente e ler com calma as várias informações selecionadas para depois preparar a sua própria versão a partir do que foi pesquisado.

Aprendizagem superficial: a livre interação dos alunos com conteúdos disponíveis na web ocasiona apreensão de conteúdos de forma simplista e pouco aprofundada, tornando os alunos resistentes a empenhar o tempo necessário para consolidar as aprendizagens.
Há um pouco de mito nessa afirmação, pois a superficialidade da aprendizagem não pode estar ligada ao meio em si, uma vez que uma simples leitura de um tópico no livro didático com definições prontas sobre um dado assunto pode levar ao mesmo resultado. Nesse caso, o segredo está no desafio que será lançado pelo educador. O ideal é que o educador planeje, ou seja, que defina com antecedência os objetivos da aula ou do projeto a ser desenvolvido. É importante que o educador estimule os estudantes não apenas a buscarem respostas, mas sim a formularem suas próprias perguntas a partir de algumas hipóteses que podem ser levantadas em conjunto com a turma. Para refletir sobre a importância da dedicação aos estudos, o educador pode criar um gincana que evidencie o tempo necessário para o estudo de um conteúdo ou mesmo relatar o tempo de dedicação de autores e profissionais famosos em torno de seu ofício. Na obra Minha Vida Entre Livros, o bibliófilo José Mindlin conta algumas histórias de escritores famosos, como Guimarães Rosa e seus vários rascunhos, em uma persistente busca pelo melhor texto até chegar ao livro de fato.

Copiar e colar: a internet estaria incentivando os alunos a copiar fotos, textos, músicas, ilustrações e outros arquivos de sites para fazer um trabalho escolar e além disso, tal atitude pode estar violando a lei de direitos autorais.
Muitos já devem ter ouvido a resposta padrão para esse inconveniente: “Quando não tinha internet a gente copiava da enciclopédia”. De fato. O que faz diferença nesse caso e evita o simples recorte e cola de informação é quão desafiadora a atividade proposta é, ou seja, qual foi o roteiro sugerido pelo educador e qual o objetivo da pesquisa. Além disso, há outro ponto fundamental nessa queixa relacionada a uma ação ilegal de apropriação de obra protegida pela lei brasileira de direitos autorais. Antes de utilizar qualquer arquivo disponível online, ainda que gratuito, é fundamental consultar os “termos de uso” do site e verificar se o material foi licenciado de maneira aberta, isto é, se o autor permite que sua obra seja copiada, remixada ou usada para fins comerciais. No site do Projeto Recursos Educacionais Abertos Brasil há uma lista de repositórios online para encontrar recursos licenciados abertamente (http://rea.net.br/site/rea-no-brasil-e-no-mundo/rea-no-brasil/).
Ansiedade, vícios e isolamento: a interação constante dos estudantes com as telas digitais estaria provocando maus hábitos e problemas de comportamento e de saúde.

Como em tudo na vida, é sempre importante buscar o equilíbrio e, nesse sentido, os pais devem ser envolvidos nas conversas e debates, evidenciando a importância de incentivar também atividades “offline” como esportes e passeios. Vale a pena debater com alunos e pais casos reais que evidenciam sintomas como esses. Podem ser criadas campanhas na escola lideradas pelos próprios alunos para “prevenir” tais comportamentos. Existem materiais disponíveis na internet  para usar como apoio: www.safernet.org.br;http://www.childhood.org.br/programas/navegar-com-seguranca;http://cartilha.cert.br/uso-seguro/;www.fundacaotelefonica.org.br/Uploads/book_telefonica_2_final.pdf


Exposição da vida privada: redes sociais como Facebook, Foursquare, Instagram, entre outras, funcionam muitas vezes como uma agenda pública do cotidiano das pessoas, incluindo informações pessoais e fotografias.
Trata-se de um tema central que precisa ser debatido com os alunos, como por exemplo, o que pode ser público e o que deve ser privado na vida de cada indivíduo. Da mesma forma, postar fotos de amigos sem permissão também não é uma atitude responsável. Não adianta proibir na escola, pois os estudantes acessam em casa, na casa de amigos ou em centros públicos. Que tal criar um perfil ou um grupo tipo “fan page” nessas redes sobre algum tema do conteúdo estudado? Trata-se de uma forma de mostrar aos estudantes que é possível planejar outros usos além do compartilhamento de informações pessoais. Além disso, todos poderão vivenciar e debater na prática o que se deve ou não postar e para que público. Hoje em dia as redes permitem configurar permissões de visualização de forma que algumas postagens só possam ser vistas por quem realmente a pessoa conhecer ou familiares diretos. Anote na agenda a campanha pela Internet Segura que começa nesta terça-feira, 5 de fevereiro: http://www.diadainternetsegura.org.br/site/sid2012;

Tensão e estresse: pouca familiaridade com recursos da tecnologia digital constantemente lançados no mercado tem gerado desconforto entre educadores
Não é preciso estar em dia com todo e qualquer lançamento do mundo digital para ser um educador na cultura digital. O dispositivo em si não traz nenhuma melhoria ou inovação e nem o uso que se faz dele, muitas vezes uma mera reprodução de métodos ultrapassados. Em vez de querer utilizar a tecnologia na educação, procure refletir sobre como aproximar a educação da cultura digital. Ou seja, cada vez mais as pessoas estão mudando seus modos de ser e estar no mundo. Com a internet, distâncias geográficas são diminuídas, tornando possível, por exemplo, criar atividades colaborativas a distância. Reúna os professores da sua própria escola ou comunidade para discutir e trocar experiências sobre possibilidades e metodologias pedagógicas. Não existe uma receita pronta para usar, o importante é ousar e experimentar. Participe de grupos e fóruns online para trocar de experiências com outros educadores:
http://portaldoprofessor.mec.gov.br/interacao.html.

Problemas técnicos e de software: quem nunca vivenciou a situação de travamento de software, de pane no áudio, arquivo que não abre, de falta de conexão? São inúmeros os problemas técnicos de manutenção dos computadores.
O famoso “plano B” deve sempre ser considerado, ou seja, se possível grave arquivos que iria usar ou tenha uma atividade offline substitutiva. A maioria das propostas podem ser realizadas sem o uso do computador em uma eventualidade, portanto não é motivo de pânico. Dar preferência a softwares livres – programas de computador que podem ser utilizados, copiados, modificados e redistribuídos sem restrições – é uma questão importante em relação ao acesso à educação como um direito. Além disso, evita a perda de arquivos salvos em versões antigas de softwares proprietários, pois não podem mais ser abertos nas versões mais atualizadas. O Libre Office, por exemplo, é um pacote de aplicativos em formato aberto (documento de texto, planilha, apresentação, etc), facilmente baixado e instalado em qualquer sistema operacional e que pode abrir qualquer outro arquivo proprietário semelhante.

Celulares e tocadores de áudio: pensei nesse último tópico sobre os dois dispositivos, por ser um assunto polêmico e alguns Estados, como São Paulo, têm até uma lei que proíbe o uso em escolas.
Não será vetando o uso desse ou daquele aparelho que se vai “garantir” a atenção do aluno em aula. Conquistar e manter a atenção do aluno foi, é e sempre será o grande desafio de todo educador. Também não será a mera proibição que evitará que fotos e vídeos desrespeitosos sejam postados na internet. Hoje os celulares estão aí, mas no passado eram bilhetes, figurinhas e vários outros elementos “dispersivos”. Segundo pesquisa TIC Criança de 2010, 59% das crianças de 5 a 9 anos já tem seu número de celular. Portanto, considero importante considerar celulares e tocadores de áudio para problematizar os usos possíveis na escola e estabelecer combinados e linhas de conduta. Quanto mais explícita e menos velada for a abordagem do tema, maior probabilidade de que o uso seja de fato responsável. Os tocadores de áudio mais modernos podem ser usados na escola na função agenda e os celulares na captação de imagens e vídeos para compor atividades educativas propostas. Veja mais orientações sobre uso responsável do celular e de outras telas digitais no infográfico: www.educadigital.org.br/telasdigitais.
* PRISCILA GONSALES: Jornalista e educadora, máster em Educação, Família e Tecnologia pela Universidade Pontifícia de Salamanca (Espanha).



 

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